Coleção: Jorge Amado - Romancista do Povo
A crítica:
Conhecido por sua militância na literatura, pouco se fala de seu papel no mundo político-partidário.
Na Assembleia Constituinte de 1946, junto com Marighella, foi autor do primeiro discurso feito pela bancada comunista, proferido por Claudino José da Silva, ex-ferroviário e marceneiro, era o único negro alí. Os dois acabaram se tornando os redatores oficiais do partido naquele período.
Não foi apenas do talento oratório que Jorge se firmou no Parlamento. Ele foi autor de projeto de lei que passou a vigorar a partir da Constituição de 1946, que garantia a liberdade religiosa do país. “Não se extinguiu o preconceito, no entanto, não havia mais permissão para perseguir pais e mães de santos nos terreiros”.