Nem Presa Nem Morta

"Sim, o meu corpo me pertence. Mas se ele me pertence, é, acima de tudo, porque sou mais do que um corpo. Sou também uma razão, um coração, uma liberdade. Sou a responsável pela mais importante das escolhas de um ser humano: dar - ou não - à vida." 

Não podemos falar de revolução se não falarmos sobre a autonomia dos corpos femininos. Não há mais espaço para uma estrutura social que rebaixa as mulheres como meros objetos que são colocados a dispor de um plano patriarcal capitalista; nossos corpos, nossos desejos, nossas vidas não são bancos de investimentos, não estão aqui para se moldar as crenças religiosas de outrem e muito menos satisfazer anseios alheios.

Falar sobre o aborto é falar sobre poder, é dar luz para o direito de pertencimento sobre nossos corpos e razões, é se conectar com nosso organismo, se reconhecer, se tocar; é também se indignar com essa cultura de punição, que se agrava pela diferenciação de classes, é entender os abismos sociais e suas implicações, é sentir o cheiro de sangue que escorre dos ventres mal-afortunados.  Falar sobre aborto é romper com regras de opressão impostas.

Para nós, mulheres, grito para que tenhamos cada vez mais conhecimentos do nosso corpo, que a gente se toque e se sinta, que a gente ame nossas vaginas e que nos reconheçamos como deusas vivas, que a gente grite em uníssono para nossa emancipação.

Link para manual de ginecologia natural e autônoma: https://drive.google.com/drive/folders/1QUWF5GJwoVwpSe0MA0kenG_eXt9-WX0s

Texto e arte original de Camila Schindler.

Estampa disponível nas camisetas básica e baby look, além da bolsa.

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